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Entendendo as Dificuldades de Aprendizagem

 

Sem a educação das sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido”  Rubem Alves

 

Vamos primeiro entender o que é Aprendizagem.

 

A aprendizagem é um processo de mudança de comportamento, obtido através da experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais.

 

Se definirmos a palavra, então discutiremos as condições sob as quais a aprendizagem ocorre, os tipos de coisas que são aprendidas, as maneiras pelas quais diferentes instâncias de aprendizagem podem ser combinadas, as limitações da aprendizagem e assim por diante.

 

Com isso, percebemos que vamos aprendendo pouco a pouco durante toda a nossa vida. Portanto ela é constante, contínua, e cada indivíduo tem seu rítmo próprio de aprendizagem, que aliado ao seu esquema de ação, irá constituir sua individualidade.

Sendo assim a aprendizagem, significa coisas diferentes, em diferentes momentos, para diferentes pessoas.

 

É impossível compreender o comportamento dos seres humanos, sem saber algo a respeito dos princípios básicos da aprendizagem.

 

No cenário escolar prevalecem as novas formas de comunicação, a construção de novas habilidades caracterizando competências e atitudes significativas, além de novas formas de interação medidas pela orientação, condução e facilitação dos caminhos a seguir.

 

O docente exerce a criatividade do seu papel de co-autor no processo de aprender, passando a ser o comunicador e colaborador.

Todos têm um estilo de aprendizagem preferido, são distintos e muito diferentes. Para alguns os meios de manejo de informações são eficientes ou estão bloqueados. Entretanto muitos não sabem quais são seus estilos de aprendizagem preferidos, apenas entendem que não respondem aos métodos promovidos na escola.

 

Para compreender seus estilos, precisamos considerar três áreas distintas:

 

1) Visuais

Há pessoas que aprendem melhor com os olhos. Retém informações apresentadas na forma de materiais visuais (mapas, fotografias, gráficos, diagramas, etc.) ou demonstração.

 

2) Auditivos

Para os aprendizes auditivos as técnicas que funcionam incluem discussões, palestrar e leituras em voz alta.

 

3) Tátil

Existem ainda aqueles que aprendem melhor tocando e manipulando os objetos, a experiência prática é sua melhor professora.

Isso mostra que qualquer pessoa se sai melhor quando educado de acordo com seu canal sensorial mais ativo, sugerindo assim uma abordagem multissensorial.

 

Para um progresso intelectual, é preciso, não apenas estar pronto e ser capaz de aprender, mas ter oportunidades apropriadas de aprendizagem.

 

Entre essas oportunidades estão os fatores ambientais, que se refere às possibilidades reais que o meio fornece, quanto a quantidade, à qualidade, a frequência e abundância dos estímulos que constituem o campo da aprendizagem habitual.

Neste aspecto as características de moradia, do bairro, da escola, a disponibilidade de ter acesso aos lugares de lazer, bem como os canais de cultura como, jornais, rádio, televisão, etc, e finalmente, a abertura profissional a vocacional que o meio oferece a cada sujeito. Não basta situar- se em uma classe social, é necessário, além disso, elucidar qual seu grau de consciência e participação.

 

Indivíduos privados de um ambiente estimulante nos primeiros anos de vida enfrentam obstáculos desanimadores, em geral são mais lentos na aquisição de habilidades cognitivas básicas. Não usam suas habilidades intelectuais em seu benefício e mostra pouca curiosidade ou interesse em aprender.

O ambiente é considerado pobre de estimulação quando é destituído de estímulos visuais (cores, formas) de estímulos sonoros (músicas, palavras, conversa) e sobre tudo oportunidades.

 

As diferenças socioeconômicas acentuadas podem gerar dificuldades profundas de adaptação em algumas crianças e famílias, tornando-as vulneráveis a vários problemas relacionados com a aprendizagem.

Além disso, a capacidade de aprendizagem de uma criança é prejudicada também quando não obtêm uma nutrição adequada ou sono suficiente para se concentrar e absorver informações.

 

O mesmo ocorre quando estão frequentemente enfermas devido a cuidados médicos ou a pouca higiene abaixo do aceitável.

Qualquer um destes fatores pode reduzir de modo significativo a aprendizagem.

 

Agora crianças que recebem um incentivo carinhoso, encorajador durante toda vida tendem a ter atitudes positivas, tanto sobre a aprendizagem quanto sobre si mesmas. Essas crianças enfrentam os desafios e superam os obstáculos, buscam e encontram modos de contornar as dificuldades, mesmo quando estas são graves.

 

Quando essas consequências sociais de longo prazo são levadas em consideração, o fracasso em evitar problemas de aprendizagem torna-se realmente muito oneroso.

 

As Dificuldades de Aprendizagem

 

Uma vez abordado o tema da aprendizagem, definirei a patologia da aprendizagem.

 

Não há duvida, que o ato de aprender se passa no sistema Nervoso Central (SNC), onde ocorrem modificações funcionais e conductuais.

 

Pessoas com dificuldades de aprendizagem possuem problemas neurológicos que afetam a capacidade do cérebro para entender, recordar ou comunicar informações.

 

Dificuldades de aprendizagem é um termo genérico que abrange problemas capazes de alterar as possibilidades de aprender, independentemente de suas condições neurológicas para fazê-lo, e entre as causas primárias temos as dislexias, discalculias, dispraxias, disgnosias, déficit de atenção e hiperatividade.

 

Também podem ser secundárias a outros quadros, tais como alterações das funções sensoriais, doenças crônicas, transtornos psiquiátricos, deficiência mental, problemas psicológicos, pedagógicos, socioeconômicos e problemas físicos. Sendo assim, o problema de aprendizagem aparece como um sintoma, e não configura um quadro permanente, mas um conjunto de comportamento mostrando sinal de descompensação.

 

Um ponto interessante de ressaltar é a este referido “sintoma” que a autora Sara Paín (pág. 28) menciona..... é não considerá-lo como significante de um significado, mas pelo contrário, entendê-lo como um estado particular, que para equilibrar- se precisou adotar este tipo de comportamento que caracterizamos como não aprendizagem. Se pensarmos á respeito, veremos que a maioria das crianças conserva o carinho dos pais gratificando-os através de sua aprendizagem, mas há casos nos quais a única maneira de contar com tal carinho é precisamente não entender.

 

As dificuldades de aprendizagem podem ser classificadas levando-se em conta as funções afetadas. Lembrando que, função significa a ação normal especializada de um órgão ou de membro. Com isso podemos dizer que o sistema nervoso comanda todas as funções do nosso corpo, inclusive no campo da aprendizagem e pode atingir tanto crianças, quanto adultos, causando problemas de fala, de locomoção, de memória e o funcionamento do próprio cérebro.

 

Transtorno da Linguagem

 

Critchley, em 1975, foi feliz ao conceituar que a “linguagem é a expressão e a recepção de idéias e sentimentos”.

Entende-se então, que a linguagem é a forma peculiar de se comunicar por meio de símbolos gestuais, orais ou escritos.

Além do transtorno específico da linguagem oral, será necessário abordar alterações da fonação ou distonias, articulação da palavra como, as disartrias e dislalias, os distúrbios do ritmo, a gagueira e o retardamento do desenvolvimento da fala.

 

Distúrbios da Fonação

 

Podem ser causados por:

a) Má formação dos órgãos da boca e defeitos na laringe por exemplo.

b) Comprometimento dos órgãos do sentido.

c) Deficiência no movimento dos maxilares, o que impede a articulação correta das palavras.

Vale lembrar que existe uma disfonia transitória, que ocorre no desenvolvimento normal do adolescente, relacionado a fatores hormonais. Em casos raros podem ser persistentes devido a fatores emocionais.

 

Distúrbio do Ritmo

 

Os que mais se destacam é a gagueira, as alterações da fala (taquilalia, bradilalia e o clustter).

A gagueira é a mais comum e consiste na interrupção normal da fala. Nos casos mais graves deve receber tratamento fonaudiólógico.

 

. Atraso no Desenvolvimento da Fala

Caracterizam-se por um vocabulário pobre, dificuldades na articulação de palavra, trocas e inversões de fonemas.

Existem ainda crianças que falam como se tivessem menos idade, devida á superproteção ou por defeito da educação, ou quando adultos usam fala infantilizada para se dirigir a criança.

Outra situação que causa grave comprometimento da comunicação, é o autismo infantil.

 

Disartria

 

A Disartria é uma alteração na expressão verbal, causada por uma alteração no controle muscular dos mecanismos da fala. Compreende as disfunções motoras de respiração, fonação, ressonância, articulação e prosódia.

a) Respiração: O controle deficiente da expiração e inspiração interferirá na entonação, prejudicando a inteligibilidade da fala

b) Prosódia: Muitos disartricos têm uma entonação e prosódia distorcidas.

c) Fonação: A paralisia das pregas vocais resultará em um som fraco e abafado e fará com que o paciente se canse facilmente. O volume da voz cairá após um certo período da fala ou no final da oração.

d) Ressonância: Se há insuficiência palatal, a qualidade da voz terá baixa ressonância (hiponasalidade) ou muita ressonância (hipernasalidade).

e) Articulação: A redução da atividade neuromuscular da língua, lábios, palato mole e mandíbula produzem alteração de fala.

A disartria pode ser causada por um processo traumático craniocervical, tumores benignos ou malignos do cérebro, lesão vascular encefálica, doenças infecciosas, metabólicas, tóxicas ou degenerativas do sistema nervoso ou muscular.

 

Afasias

 

Impossibilidade ou dificuldade de expressão da linguagem, ou seja, transtorno da comunicação. E fazem parte desse processo de funções, as gnosias, praxias, memória e afeto. Dependendo da área do cérebro afetada, a afasia divide-se em quatro tipos:

a) Afasia de Broca

b) Afasia de Wernicke

c) Afasia de Condução

d) Afasia Global

 

Afasia de Broca

 

A Afasia de Broca, responsável pelo processamento da linguagem, produção da fala e compreensão. Ela causa algumas dificuldades como:

* Na área de cálculos e escrita

* Em reconhecer sons

* Em articular os sons

Em encontrar as palavras adequadas para as situações. O indivíduo sempre utiliza a mesma palavra ou frase para diferentes situações de comunicação.

 

Afasia de Wernicke

 

Este tipo de afasia é caracterizado com elementos opostos aos da afasia de broca:

* Fala fluente, mas com pouco sentido

* Fala espontânea, mas de modo vago

* Os indivíduos não conseguem perceber seu déficit

* Recuperação mais difícil

 

Indivíduo que possui afasia de Wernicke, de uma hora para a outra, muda de assunto, o assunto não faz mais sentido, por terem uma fala muito fluente e substituir determinadas palavras por outras que não dão sentido algum ao que está sendo dito.

 

Afasia de Condução

 

A afasia de Condução é um distúrbio voltado para a compreensão.

É um tipo de afasia que não possui muitas características, a principal dificuldade causada por ela é a de se fazer repetições.

 

Afasia Global

 

Diferente dos demais tipos de Afasia, não têm limitações, apresentando todos os aspectos dos outros tipos de afasia em um único indivíduo:

* Perda de compreensão

* Perda da fala

* Não consegue fazer leitura

* Não consegue escrever

 

 Disfasias

Inabilidade para adquirir a linguagem oral, e varia com a gravidade do comprometimento e com a evolução.

 

 Dislexia

 

A dislexia é um problema complexo que tem suas raízes nos sistemas cerebrais, associadas a perturbações e orientação, tempo, linguagem, escrita, soletração, memória, percepção visual e auditiva, habilidades motoras e sensoriais. A dislexia tem sido o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. A criança disléxica tem dificuldades em compreender o que está escrito e de escrever o que está pensando. Quando tenta expressar-se no papel, o faz de maneira incorreta e o leitor não compreende as suas idéias. A leitura se torna um grande esforço para ela, pois toda palavra que ela lê aparenta ser nova e desconhecida. Para simplificar, pode-se dizer que a dislexia é causada por alterações nas áreas do cérebro responsáveis pelos sons da linguagem e do sistema que transforma o som em escrita.

Divide-se em auditiva e visual.

 

a) Auditiva

Dificuldades significativas para discriminação de sons, letras e palavras compostas, falhas na memorização de padrões de sons, entre outras.

 

b) Visual

Dificuldades em seguir e reter as sequências, reversões e inversões de letras.

 

 

É frequente a associação das duas formas em diferentes combinações e intensidades.

Na dislexia deve ser sempre observado que as diferenças são pessoais, o diagnostico é clínico, o entendimento é cientifico, e o tratamento é educacional. (International Dyslexia Society).

 

 

Discalculia

 

Transtorno específico da habilidade em matemática

 

O manual Diagnóstico e Estatística de Transtorno Mental (DSM-IV), no item 315.5, define o transtorno da matemática como:

“Uma capacidade para a realização de operações aritmética acentuadamente abaixo da esperada para idade cronológica, a inteligência medida e a escolaridade do indivíduo”.

As habilidades linguísticas e perceptuais como, reconhecer ou ler símbolos numéricos ou aritméticos, agrupar objetos em conjuntos, habilidades de atenção, aprender tabuada e contar objetos entre outros são completamente prejudicadas.

 

São basicamente dois tipos de anormalidade em matemática:

 

a) Acalculia

Perda da capacidade de executar cálculos e desenvolver o raciocínio aritmético.

b) Discauculia

Dificuldade em aprender matemática com falhas para adquirir proficiência adequada neste domínio cognitivo.

 

Dispraxia

 

Indivíduos com ‘’ dispraxia ‘’ têm uma falta de organização do movimento.

As áreas que sofrem alterações são as do esquema corporal e a orientação temporo-espacial.

A criança com dispraxia apresenta fracasso escolar, pois a escrita é a área mais comprometida.

As dispraxias se traduzem em “disgrafias” ligadas ao ato gráfico, com isso as experiências de fracasso ao escrever, acumulam-se gradativamente, acabando por gerar sofrimento, inibição e fragilidade nas relações de aprendizado.

Faz parte das dispraxias as:

 

 Praxias

 

É a capacidade que o indivíduo tem de realizar um ato motor mais ou menos complexo de forma voluntária, depois de aprendidos podem se tornar automáticos, como por exemplo, dançar, jogar, andar, e também são associados ás percepções (gnosias), e ainda pode ser classificado quanto á finalidade do gesto.

a) Gestos executados na ausência dos objetos têm relação com a expressão da linguagem e com a memória quando ocorre essa ausência.

b) Gestos que acontecem na presença de objetos conhecidos e que definem o seu uso.

c) Gestos gráficos que reportam atividades de desenhos, escrita, construção com peças, como quebra-cabeças entre outros conjuntos gestuais.

 

Por serem sistemas não coordenados de ação, em razão de gestos que não se realizam ou de intenções que não se objetivam, causando assim lentidão, interrupções, distorções e impedimentos nas realizações desses movimentos.

 

 Apraxias

 

É a incapacidade para os membros cuja motricidade está conservada, de executar um movimento adequado ao seu fim (Liepmann, 1900 e 1929).

Classificados em quatro tipos diferentes:

a) Apraxia sensório-cinética: comprometimento da automatização do gesto, embora haja conhecimento do ato de realizar, estes se tornam lentos e fortes.

b) Apraxia somatoespacial: É o comportamento do esquema corporal, que interfere na execução do gesto no espaço e no tempo.

c) Apraxia de formulação simbólica: Ocorre a desorganização da atividade simbólica, levando a dificuldade do ato de executar.

d) Apraxia Especializada: Quando há o comprometimento de uma só função ou da gestualidade de uma parte específica do corpo. Destacam-se as apraxias faciais, como o movimento da língua, da boca, dos olhos e as posturais como, o vestir, as das marchas, as construtiva e as que comprometem a grafia.

 

Não é raro crianças e adolescentes, com falhas na percepção de seu esquema corporal, aliadas às dificuldades para executar o gesto adequado, e somadas a anos de repreensão por parte dos pais e dos professores, que não imaginando suas dificuldades, acreditam se tratar de um comportamento desafiante passem a ter sérias dificuldades escolares.

 

 

 Disgnosias

 

Decorre do atraso ou da alteração na integração das percepções, que podem ser visuais, olfativas, auditivas, táteis e cinestesias.

O processo de percepção e reconhecimento denomina-se gnosia, e este pode ser realizado por vários sistemas sensoriais em conjunto. A percepção é a tomada de acontecimentos exteriores que originam sensações diversas. Então, toda gnosia constitui uma percepção elaborada, sendo um processo complexo que envolve, além da detecção, discriminação e da identificação, o reconhecimento.

As gnosias são classificadas em simples e complexas.

a) Gnosias simples

Decorrem das percepções que são a tátil, a visual e auditiva.

 

b) Gnosias Complexas

Refere-se à percepção do esquema corporal ou somatognosia, do espaço, do tempo, do movimento e da velocidade.

As Alterações das gnosias na criança são resultantes das dificuldades na integração funcional das percepções.

A integração das percepções é resultante de um estímulo do ambiente atuando sobre a criança, e esse processo de transformação da percepção durante o desenvolvimento, que resulta em aprendizado. A perda das funções sensoriais, cognitivas e/ou motoras denomina-se agnosias.

 

 Disgnosias Tátil-Cinestésica ou Somestésicas

É a dificuldade ou alteração da percepção tátil. Quando ocorre a incapacidade de reconhecer objetos pelo tato, chamamos então de Asteriognosia. Estas agnosias podem ser:

1) Asteriognosia Primária que se subdivide em:

a) Anhilognosia – É a impossibilidade de reconhecer as qualidades do objeto pelo tato.

b) Amorfognosia – Incapacidade de reconhecer a forma do objeto pela palpação.

2) Astereognosia Secundária: É a impossibilidade de reconhecer o significado do objeto pela palpação.

 

 Disgnosia Auditiva

 

Gnosia auditiva é a capacidade de reconhecer sons não-verbais, e inclui a percepção auditiva, a memória auditiva e auditiva sequencial e a compreensão da frase.

A agnosia auditiva é a perda dessa capacidade de reconhecer sons não verbais decorrentes de uma lesão cerebral.

E a Disgnosia auditiva ocorre devido a uma dificuldade ou atraso na aquisição dessa gnosia, e esta pode se relacionar com dificuldade na linguagem e na aprendizagem.

As alterações na discriminação dos sons originam dislalias.

Na idade escolar provoca problemas na escrita, como trocas de letras com sons semelhantes, como g-j, b-p, d-t, v-f, na escrita espontânea e no ditado.

 

 Disgnosia Visual

 

Gnosia visual é a capacidade de discriminar, identificar e reconhecer objetos, fisionomias e suas representações espaciais por meio da visão.

Agnosia é a perda dessa capacidade, na ausência de alterações visuais e mentais.

Sendo assim, a Disgnosia visual é uma disfunção ou atraso da aquisição.

Há vários tipos de agnosias e/ou disgnosias visuais, sejam para objetos, fisionomias, cores e espaços.

Na criança, a Disgnosia visoespacial é a mais importante.

 

 

 Disgnosia Espacial

 

É o atraso na aquisição da noção do espaço, ou seja, à orientação do corpo no espaço e em relação às coisas e pessoas que o rodeiam. As disgnosias espaciais podem ser: visoespaciais, somatoespacial, temporoespacial e espaciais.

Disgnosia espacial é sintoma frequente em crianças disléxias e pode ser detectada desde a idade pré-escolar. Essas crianças confundem noções em cima-embaixo, dentro- fora, perto- longe, direita- esquerda.

A dificuldade em reconhecer direita- esquerda, levará á confusão de letras com simetria oposta (b-d, p-q, w-n, u-n).

A gnosia temporal proporciona a capacidade de calcular o tempo, é possível adquirir noções de hoje, ontem, amanhã, dias da semana, meses do ano e datas importantes. A falha nas noções temporais leva a erros na sequência de letras que formam as palavras, assim como omissão, inserções, inversões e trocas.

Na organização sensoriomotora, a falta de percepção rítmica da frase pode ser a causa de uma leitura lenta sem ritmo e sem compreensão.

Na escrita podem ocorrer erros na separação das palavras, em casos graves ocorrem erros na construção gramatical da frase e na redação.

 

 

TDAH

 

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas desconhecidas com forte tendência genética, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Crianças hiperativas são capazes de aprender, mas encontram dificuldades no desempenho escolar devido ao impacto que seus sintomas causam.

Para essas crianças, concentrar-se é algo complicado. Elas se distraem com facilidade, esquecem de suas obrigações, perdem e esquecem objetos com frequência, têm dificuldades em seguir instruções e de se organizarem, falam de maneira excessiva a ponto de não serem capazes de esperar a sua vez, o que as leva a responderem perguntas antes mesmo delas serem concluídas.

A hiperatividade também pode ser caracterizada por um descontrole motor acentuado, que faz com que as crianças tenham movimentos bruscos e inapropriados. Caracteriza-se por um nível inadequado de atenção em relação ao esperado, o que leva a distúrbios motores perceptivos, cognitivos e comportamentais.

Há uma combinação de dois grupos de sintomas:

a) Desatenção

b) Hiperatividade e Impulsividade

Existem Três tipos de TDAH:

a) Forma predominante desatenta

b) Forma predominante hiperativa

c) Forma combinada de ‘’a’’ e ‘’b’’

 

O TDAH pode apresentar suas co-morbidade que são:

a) TOD- Transtorno de Oposição e Desafio

b) TAB- Transtorno Afetivo Bipolar

c) TC- Transtorno de Conduta

d) TT- Transtorno de Tiques

e) TA- Transtorno de Ansiedade

 

TOD

 

Apresentam comportamento implicante com os pais, professores e colegas, é 

mais frequente em meninos.

Quanto mais agitada, é a criança, maiores as chances de que tenha um comportamento desafiador.

 

TAB

 

Sua habilidade no humor e seu baixo limiar as frustrações podem prejudicar tanto na parte comportamental quanto no que se refere ao desempenho escolar, necessitando assim de suporte psicopedagógico para suas dificuldades acadêmicas.

Em adultos que foram criança com TAB, pode haver tendência ao abuso de drogas ilícitas e/ou álcool e também um maior risco de suicídio.

 

TC

 

Costuma ser mais preocupante, visto que, pode trazer consequências mais sérias tanto no curto como em longo prazo.

Dentre os comportamentos percebidos são, pegar objetos que não lhe pertencem, tratar animais com crueldade, mentem com frequência, é agressivo e destrói propriedade alheia.

 

TT

 

Pode ser observada uma associação entre TT e TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo).

Tiques são movimentos complexos e estereotipados (tique motor) ou vocalizações (tique vocal), são de curta duração e são uma finalidade especifica.

Existe um TT mais grave denominado síndrome de Gilles de La Tourette.

Esses pacientes têm mais de um tique motor e pelo menos um tipo de tique vocal. Alguns falam palavrões e blasfêmias.

 

TA

 

São níveis exagerados de ansiedade que lhe causam mal estar, ficam envergonhados em fazer perguntas em sala de aula, parece ansioso para fazer provas, fica preocupado com suas notas, prejudicando assim seu desempenho.

 

Outras Causas de Dificuldades de Aprendizagem

 

 

* Essencialmente Neurológica

 

* Causas Físicas

 

* Causas Sensoriais

 

* Desnutrição

 

* Problemas Emocionais

 

* Problemas Socioeconômicos

 

* Delinquência Juvenil

 

* Autismo

 

* Epilepsia

 

 

Essencialmente Neurológica

 

Supostamente as dificuldades de aprendizagem tenham uma base biológica, com frequência é o ambiente que determina a gravidade do impacto da 

dificuldade.

Os fatores biológicos que contribuem para as dificuldades de aprendizagem podem ser divididos em quatro categorias gerais:

- Lesão Cerebral

- Erros no Desenvolvimento Cerebral

- Desequilíbrio neuroquímico

- Hereditariedade

As dificuldades de aprendizagem de algumas crianças realmente surgem a partir de lesões ao cérebro.

Entre os tipos de lesões associadas a dificuldades de aprendizagem estão, traumas cranianos, hemorragias cerebrais e tumores, febres altas e doenças como encefalite e meningite.

Crianças que recebem tratamento com radiação e quimioterapia para o câncer ocasionalmente desenvolvem dificuldades de aprendizagem, em especial se a radiação for aplicada ao crânio.

Eventos que causam privação de oxigênio no cérebro podem resultar em dano cerebral irreversível em um período de tempo relativamente curto; incidentes envolvendo sufocação, afogamento, inalação de fumaça, envenenamento por monóxido de carbono e algumas complicações do parto também se enquadram nessa categoria.

Sabemos que o desenvolvimento do cérebro humano se inicia na concepção e continua durante toda a idade adulta.

Neste contexto, tanto a paralisia cerebral quanto a deficiência mental afetam significativamente os centros nervosos vitais da aprendizagem.

Vamos considerar os problemas do desenvolvimento neurológico em três períodos de acontecimento:

 

 Pré-Natal

 

Nessa fase de desenvolvimento fetal podem ocorrer alterações nas partes do cérebro que serão responsáveis por muitas dificuldades de aprendizagem. Algumas dessas alterações são:

 

a) Anoxia / Hipóxia – Falta de oxigênio / pouco oxigênio, respectivamente. Isso ocorre quando a mãe tem anemia e o sangue leva pouco oxigênio para o bebê.

b) Malformações – Hidrocefalia

c) Infecções – Toxoplasmose, sífilis, HIV, meningite, rubéola, herpes, diabetes, sarampo.

d) Alterações Cromossômicas – Síndromes de Down, Síndrome de Patau e outros.

e) Uso de drogas e Irradiações.

 

2) Fatores Pré-natais

 

a) Distúrbios metabólicos, hemorragias, infecções.

b) Fenilcetonuria, hipotireoidismo congênito. Detectado com o teste do pezinho, e se tratado até os três meses de vida, evita a deficiência mental.

 

3) Fatores Pós- natais

 

a) Tumor do sistema nervoso, doenças degenerativas e dismielenizante.

b) Crises de apnéia, estado de mal epilético.

 

Á medida que aumenta o nosso entendimento de como o cérebro responde a diferentes tipos de estímulos, devem torna-se possíveis intervenções educacionais mais direcionadas e eficazes.

 

 

Causas Físicas

 

Está ligado ao estado físico do indivíduo, envolvendo sua saúde e podem ter as origens mais diversas e tempo de duração variável.

Apesar de não estarem ligadas à aprendizagem, podem causar inúmeros problemas de saúde, tanto na criança quanto no professor, afetando o processo de ensino-aprendizagem.

Essas causas físicas podem ser transitórias ou permanentes.

 

1) Transitórias

São passageiras, pois terminam com a cura da doença ou com a eliminação, e o tempo varia de acordo com seu grau de intensidade. Como exemplos podemos citar:

a) Dores em Geral – cabeça, ouvido, dente, estômago, cólicas etc..

b) Verminoses – Provoca mal-estar, enjôo, coceira além de tirar o apetite, causando anemias e carências alimentares provocando uma debilidade física que impede a criança de aprender.

c) Febre – De qualquer processo infeccioso ou inflamatório.

d) Doenças infantis – Sarampo, caxumba, rubéola.

Devido ao afastamento escolar obrigatório, acaba tendo como consequência um atraso em relação aos outros alunos devido à perda das explicações dos professores.

 

2) Permanentes

São limitações permanentes e incluem:

a) Ausência de um órgão – olho por ex

b) Ausência de um membro – braço, perna

c) Ausência de um ou mais dedos.

d) Paralisia nos membros.

Faz parte também dessas limitações indivíduos portadores de malformações congênitas ou hereditárias, como por exemplo, o lábio leporino, fenda no palato ou língua presa, que os impede de pronunciar corretamente as palavras.

 

Causas Sensoriais

 

São causas que envolvem os órgãos dos sentidos e suas ligações com o Sistema Nervoso Central (SNC), e com os movimentos. Portanto são sensoriomotoras, e qualquer alteração, resultará em um problema de aprendizagem.

 

Visão

Qualquer tipo de deficiência visual pode ser curável ou não. Entre elas temos:

a) Conjuntivite

b) Terçol

c) Irite – Inflamação da íris é menos frequente

d) Glaucoma – aumento da pressão do olho

e) Catarata infantil – Ocorre à cegueira do olho

f) Deslocamento da retina – ocorre por queda ou pancada violenta

g) Cegueira – Pode ser de nascença, ou doenças adquiridas depois do nascimento ou causadas por acidentes

h) Hipermetropia – Dificuldade de enxergar perto. Muitas vezes pode ocasionar o estrabismo

i) Miopia – Dificuldade de enxergar longe

j) Astigmatismo – Deficiência por perto

Por isso é importante, a constante observação pelos pais e educadores em geral. Portadores de algumas dessas dificuldades visuais podem apresentar:

* Dor de cabeça, tontura ou náusea

* Coceira nos olhos / esfregar constantemente os olhos

* Visão nublada

* Tropeça com frequência

* Pouca coordenação visiomotora

* Confundem letras a/o, b/d, p/q etc.

* Escreve com o rosto encostado no material

* Tem dificuldades de ler ou soletrar letras

* Pula linhas ou rele linhas.

 

Tato

 

A deficiência da percepção tátil pode ser causada por queimaduras profundas ou por outro acidente que prejudique o tato.

 

A pessoa só será limitada nas áreas de ensino em que o tato se fizer necessário, como por exemplo, para ter a percepção das diferenças de texturas, noção de quente e frio, percepção das formas.

 

Olfato

Terão dificuldades de aprendizagem, crianças que necessitem do olfato para discriminar os cheiros de diferentes substâncias nas aulas de ciências, e provavelmente também não sentirão o gosto.

 

Gustação

A criança que não possui este sentido não sentira prazer nas refeições, o que poderá causar-lhe inapetência (falta de apetite), levando a enfraquecer e prejudicar-se nos estudos.

 

Audição

O sentido da audição é a condição básica para que o aluno tenha uma escolarização com sucesso.

O maior distúrbio da audição é a surdez. Esta pode ser congênita ou adquirida.

a) Surdez Congênita

É a surdez de nascença, isso causa transtornos na personalidade e no desenvolvimento intelectual, além de ter incapacidade para aprender a falar.

b) Surdez Adquirida

Pode ser originados por fatores externos como as infecções no sistema da audição, introdução de objetos que podem ocasionar a perfuração da membrana do Tímpano.

 

Desnutrição

 

Este é um dos mais sérios problemas de aprendizagem, visto que a desnutrição é um problema muito comum dos países subdesenvolvidos e dos grupos sociais de renda muito baixa.

Sua ação extremamente negativa no processo de aprendizagem.

Além da anemia, as crianças desnutridas apresentam:

* Febre baixa constante (37 a 37,5°c)

* Não sentem interesse pelas aulas nem por atividades criativas

* Não sentem ânimo para nada

* São crianças incapazes de ter atenção constante

Se a carência alimentar for muito grande desde os primeiros meses de vida e continuar na infância acabará por comprometer o seu sistema nervoso, uma vez que a proteína é um alimento que entra na formação dos nervos e do Sistema Nervoso (SN) em geral.

Além disso, a falta de proteínas faz perder a capacidade imunológica deixando a criança vulnerável às gripes, pneumonias, e outras enfermidades oportunistas.

 

 

Problemas Emocionais

 

Sentimento como a angustia, depressão, ansiedade, medo, fobia e comportamentos psicóticos, podem ser causados pela própria família ou pela escola.

Quando a emoção perturba o comportamento da pessoa, essa tende a evitar qualquer estímulo que lhe seja desagradável e

apresenta mudanças fisiológicas como:

* Mudança no ritmo cardíaco

* Transpiração abundante

* Respiração alterada

* Dor de cabeça, estômago

* Diarréia, náuseas etc.

 

Embora as capacidades necessárias como a atenção, percepção e coordenação seja normal acabam sendo prejudicada por qualquer problema emocional, ocasionando assim dificuldades de aprendizagem, sejam na leitura, na escrita ou em outra aprendizagem.

 

 

Problemas Socioeconômicos

 

Como já foi dito anteriormente, o fator socioeconômico muito baixo tende a causar dificuldades de aprendizagem, que trazem consigo problemas emocionais secundários, que se traduz, em frustrações, complexo de inferioridade pelo status social, e consequentemente um desencanto pela educação.

Com isso algumas crianças acham que não se “enquadram nos padrões sociais estabelecidos”, podendo com isso desenvolver comportamentos anti-sociais na escola, que vão desde a rebeldia até mesmo à delinquência.

 

Delinquência Juvenil

 

É um termo jurídico, que se aplica a crianças e adolescentes que apresentam comportamentos socialmente reprováveis e que a lei define como ilegais.

A delinquência vai desde o furto, o vandalismo, o roubo de veículos, crimes sexuais, até assassinatos.

 

Para Piaget e para Rohlberg, os conceitos morais vão evoluindo juntamente com o desenvolvimento cognitivo.

Segundo Piaget, por volta dos 6 ou 7 anos, a criança passa da fase do egocentrismo e começa a considerar a perspectiva dos outros e a desenvolver noção de moral. Essa noção de regras morais, leis e normas de conduta surgem a partir de regras dos jogos infantis. Aos poucos a criança começa a fazer julgamentos: o que é certo, o que é errado, o que é bem, o que é mal, o que é honesto e o que não é. Adquiri também as noções de castigo e punição pelos procedimentos errados, e de recompensa pelo bom comportamento.

 

Se o indivíduo não desenvolve esses conceitos, e não é capaz de distinguir o que é aceito pela sociedade, ou não consegue controlar seus impulsos emocionais, acaba por tornar-se um transgressor da lei.

O problema da delinquência está muito ligado a personalidade do indivíduo (personalidade violenta, impulsiva), como também à educação familiar e à classe social a qual pertence.

A delinquência pode surgir quando:

* A disciplina por parte do pai é muito severa, rigorosa ou, ao contrário muito complacente

* A mãe controla de forma inadequada o comportamento dos filhos ou é muito tolerante com os seus erros

* Há indiferença ou hostilidade por parte do pai ou da mãe para com os filhos

* A família não é bem estruturada ou esta em processo de desintegração por separação dos pais

* Filhos que são criados sem os pais ou sem ninguém para orientá-los (é o caso de crianças abandonadas)

* A criança imita os pais ou irmãos mais velhos, que também são delinquentes.

Todos esses fatores estão ligados à educação familiar.

As sucessivas reprovações e a expulsão da escola também colaboram para esse comportamento, sendo que esse fracasso escolar pode ser causado por alguma dificuldade de aprendizagem, ligados também a fatores socioeconômicos, culturais ou neurológicos, já mencionados.

Não há cura para esses distúrbios, porem eles podem ser tratados e controlados.

 

Autismo

 

Bleuler em 1911 usou pela primeira vez, a expressão “autismo”, para designar a perda de contato com a realidade, que decorria de grande dificuldade ou impossibilidade na comunicação.

Em 1943, Kanner observou 11 crianças com comportamento que correspondia ao conceito de autismo. Notou uma inabilidade inata para estabelecer contato afetivo e interpessoal.

 

Hoje, sabe-se que o autismo é um distúrbio de desenvolvimento complexo, que apresenta etiologias múltiplas, e que se caracteriza por graus variados de gravidade.

Os comportamentos que definem o autista são:

* Déficit qualitativo na interação social e na comunicação

* Padrões de comportamento repetitivos e estereotipados

* Repertório restritos de interesses e atividades

As dificuldades na interação social em crianças autistas podem manifestar-se como:

* Isolamento ou comportamento social impróprio

* Pobre contato visual

* Dificuldade em participar de atividades em grupo

* Indiferença afetiva ou demonstração inapropriada de afeto

* Falta de empatia social ou emocional

Podem apresentar diferentes graus de dificuldades, tanto na habilidade verbal, quanto na não verbal. Alguns não desenvolvem habilidades de comunicação ou tem uma linguagem imatura, caracterizada por:

* Jargão

* Reversões de pronome

* Prosódia anormal

* Apresentam inabilidade em iniciar uma conversa apropriada.

O diagnostico e o tratamento depende de uma abordagem multidisciplinar.

 

Em seu livro, o autor Carlos Gadia (pág. 431) diz:

Ao finalizar reafirmo que a criança autista, sem dúvida, é capaz de aprender, cada uma a sua maneira, desde que receba um programa individualizado de intervenções intensivas. Tais condutas devem ser uniformes na escola, no lar e na sociedade.

 

 

Epilepsia

 

É uma disfunção temporária de uma pequena área do cérebro, ou de área extensa, envolvendo os dois hemisférios cerebrais. É causada por descarga anormal, excessiva e transitória das células nervosas. A Epilepsia é a recorrência dessas crises.

 

Os fatores que podem afetar a função cognitiva na criança epiléptica estão interligados, sendo muito difícil definir os limites de cada um.

Entre esses fatores se destacam a etiologia, a localização da disfunção cerebral, a idade de início das crises, a frequência das crises, o tipo das crises, a duração, os fatores sociais, o envolvimento da família e o desenvolvimento da personalidade.

É de fundamental importância o manejo correto da família na qual a criança que apresenta epilepsia está inserida, não somente da patologia em si.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

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www.tdah.org.br – acessado em 12/05/2012

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